Após o prefeito Alberto Moreira declarar publicamente que vem pagando todos os direitos dos servidores da educação de São Miguel do Tocantins , o sindicato da classe reagiu com uma nota repudiando as falas do gestor. Confira:
Nota
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de São Miguel do Tocantins (SINTESM), vem a público denunciar as falsas declarações feitas pelo prefeito Alberto Moreira, as quais visam enganar a população sobre o cumprimento do piso salarial dos professores do município.
Em uma publicação no perfil do Instagram do deputado Amélio Cayres, feita no dia 24 de abril de 2024, o Prefeito, com o propósito de enganar a população, afirma que está cumprindo o piso salarial dos professores. Não é a primeira vez que Amélio Cayres e Alberto Moreira tentam enganar a população, em outubro de 2023, na festa em homenagem aos professores, EDUCAFEST, durante o seu discurso, o deputado Amélio Cayres afirmou que o Prefeito Alberto Moreira não pagou o reajuste do PISO DE 2023, porque o Prefeito estava impedido por um processo movido pela ATM- Associação Tocantinense de Municípios.
No entanto, a verdade é que o prefeito inconformado com o aumento do piso salarial dos professores para o ano de 2023, NÃO SÓ DEIXOU DE PAGAR O PISO, COMO TAMBÉM AJUIZOU UMA AÇÃO NA JUSTIÇA FEDERAL, processo n.º 1002138-47.2023.4.01.430, COM O OBJETIVO DE NÃO PAGAR QUALQUER REAJUSTE AOS PROFESSORES DE SÃO MIGUEL.
Em janeiro de 2024, o Ministério da Educação, atualizou novamente o piso nacional do magistério para R$ 4.580,57, e mesmo após muita luta da categoria em busca de diálogo com a atual gestão, o Prefeito se nega a pagar o piso atual dos professores, pior do que isso, o gestor se nega a dar qualquer reajuste a categoria, sequer se faz presente a qualquer reunião com a categoria, se omitindo até a responder os ofícios enviados.
Portanto, o Prefeito Alberto Moreira está descumprindo a atualização salarial dos professores dos anos 2023 e 2024.
Não podemos aceitar que a prefeitura feche os olhos para essa necessidade fundamental de valorização dos profissionais que moldam o futuro de nossa comunidade. Mais ainda quando há recursos financeiros disponíveis, como evidenciado pelo orçamento significativo destinado ao município proveniente do FUNDEB em 2023, ultrapassando os vinte e três milhões de reais.
A classe educadora está profundamente insatisfeita com a falta de consideração da administração para com a educação. A escassez de materiais nas escolas e a recusa em pagar o piso salarial mínimo aos professores destacam a negligência da gestão para com a educação em nosso município.
Para piorar, os professores de São Miguel do Tocantins, estão trabalhando sobrecarregados, com jornadas exaustivas, e sem horário reservados para planejamento de aulas, elaboração e correção de provas, forçando os professores a levar trabalho extra para casa, sem o pagamento de horas extras, gerando impacto negativo na qualidade do ensino e na saúde dos profissionais.
Mesmo após inúmeros pedidos de socorro a Secretaria de Educação, nenhuma medida foi tomada para melhorar as condições de trabalho dos professores.
Repudiamos veementemente as declarações falsas do Prefeito Alberto, que visam encobrir a sua negligência com a educação do município e o seu desprezo com a classe educadora, e exigimos respeito e comprometimento com a categoria, bem como o cumprimento integral e justo do piso salarial e o respeito a jornada de trabalho estabelecida em lei, bem como, o pagamento das horas extras trabalhadas pelos profissionais.
É essencial que a verdade prevaleça e que se combata quaisquer tentativas de omissão da verdade que prejudiquem e leve a erro os profissionais da educação e ameacem a qualidade do ensino oferecido aos nossos estudantes de São Miguel do Tocantins.
São Miguel do Tocantins–TO, 25 de abril de 2024.
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL DO TOCANTINS- SINTESM
Gracilene Oliveira de Sousa
Presidente do Sindicato